Ir ao encontro do medo
Ainda que de olhos vendados.
Buscar o calor do abraço,
Relaxar os punhos cerrados.
É que ainda é cedo
E tudo mal começou:
Subir no próximo vagão
Independente de quem o deixou.
É prestar atenção
Reduzir a tensão
Ou não.
Pois por ser começo
Está permitido o avesso.
É que a ousadia
Essa louca, assanhada, arredia
Pode estar escondida no noturno silêncio
Pode estar recolhida no vazio imenso
Da retirada,
Da incursão.
E pelo sim, pelo não,
Desacorrentados daquilo que é fase
Nada mais nos separa
Além de um inexpressivo quase.
** Imagem capturada do blog: www.estaluanova.blogspot.com