E a noite se confundiu com uma lua
De tal forma prata,
De tal forma inteira
E que escolheu minha janela como moldura
Me causando hipnose,
Me sentenciando à insônia
Como quem pune a quem ousa disputar um brilho-real.
Ainda assim pareceu generosa
A iluminar-me o corpo por toda a noite
Por cada ângulo...
E a madrugada veio com a claridade
E com saudade
O céu se pôs a chorar...
(foto: Paulo Almeida - www.1000imagens.com)
6 comentários:
Poxa, como é bom o seu blog !!!
Muito lirismo intimista por aqui. Adorei este poema.
Seu texto sobre o Caio Fernando Abreu é ótimo.
Você não fica só navegando na epiderme das coisas, vai às entranhas, ao timo, ao duodeno, ao coração.
Um beijo !!!,
Chico
Oi linda,
comentário assim do ASSIS...Aff...ele é MARAVILHOSO;)
E ele tem toda razão...seu texto é visceral!
Hoje o céu está muito saudoso por aqui tb, aí a natureza e todas as coisas choram...
bjo e flores *(*(*(
Acho que já falaram tudo...
Me calo e contemplo o teu poema, como a lua foi contemplada por ti...
Beijos, lindume
Pois é. E ontem foi tão bonito, sabe, que aqui não deixei o céu chorar. Mas como ventava e fazia barulho o vento, cantava... Parecia ópera, arrepiante!
Bom, o que importa foi que chegastes onde rabisco até com os pés na areia e, pelo "Ellenismos"... Tu não chegaria de forma mais encantadora. =)
O prazer é meu. Volta?
foi uma noite insône..
exato. sabe o que acontece? tem coisa bonita ao meu redor, poucas as coisas, mas tão imensas, absurdas de bonitas! é muito bom sentir a proximidade dentro-fundo, não acha?
Postar um comentário