Ir ao encontro do medo
Ainda que de olhos vendados.
Buscar o calor do abraço,
Relaxar os punhos cerrados.
É que ainda é cedo
E tudo mal começou:
Subir no próximo vagão
Independente de quem o deixou.
É prestar atenção
Reduzir a tensão
Ou não.
Pois por ser começo
Está permitido o avesso.
É que a ousadia
Essa louca, assanhada, arredia
Pode estar escondida no noturno silêncio
Pode estar recolhida no vazio imenso
Da retirada,
Da incursão.
E pelo sim, pelo não,
Desacorrentados daquilo que é fase
Nada mais nos separa
Além de um inexpressivo quase.
* Poema publicado na Revista Cultural Novitas n°9
** Imagem capturada do blog: www.estaluanova.blogspot.com
*** Enquanto isso, tem promoção no Bordel Bordado. Passa lá!
18 comentários:
Moniquita, minha linda amiga...
como gosto de suas palavras, da intensidade e leveza que elas dizem e trazem. São de uma alegria, de um monte de sentimentos!!!
Eita quer bateu um orgulho danado de caminhar ao seu lado!!
__/\__ namastê!
Inexpressivo "quase", irmão do "se". "Se" eles não existissem...
E o quase é breve... Quaseé nada e tudo. É quase...
E o que é um quase para quem ama?
Adorei esse poema, guria! :D
Beijos
Feliz por conhcer mais uma cearense no mundo blogueiro...
Belo post!!!
Belo blog,gostei daqui... VOltarei mais vezes...
Convido vc a conhecer meu trabalho (poesia, musica, teatro)
Ficaria muito feliz!
http://mailsonfurtado.com
É muito talento. Coisa que receita nenhuma explica.
Lindo!
E ainda bem que ela é minha parceira literária! Orgulho!
;)
" Subir no próximo vagão, independente de quem o deixou. "
É, a vida tem mesmo que ser seguida assim, na marra, na luta, independente do que ficou para trás, porque todo dia é dia de recomeçar, de seguir, senão, me apropriando das palavras do saudoso Fernando Pessoa, ficaremos à margem de nós mesmos!
Mais um belíssimo texto dessa maravilhosa escritora.
Tô morrendo de saudade. Te amo!!
Querida amiga
Não é fácil
ir ao encontro do medo,
mas não nos resta saída,
se quisermos viver a vida
em sua plenitude.
Que haja sempre em ti,
sonhos por sonhar.
"por ser começo
está permitido o avesso"
O ideal é que seja assim, Moninha:
toda receita merece
um ingrediente-surpresa! : )
Poema lindo, como sempre.
Um beijo,
Rê
Moni
Seu talento não tem receita.Como já disseram acima seus escritos tem sempre um ingrediente surpresa que a diferencia dos "inexpressivos quases".
Bjo!
Se é uma receita, por que uma receita tão livre? Tão nova onde se busca romper com padrões?
De repente eu me deparo com um nos separa, e eu percebo que é uma receita de gente, de vida, e o quase, que eu acho que diminui a cada dia pra todos. É só querer!
Sabe o que eu vou fazer? Vou "receitar" seu poema para um amigo! heheh
Bejo!
Não vou tecer comentários a respeito de uma postagem em específico... O seu blog, como um todo,é muito bom!
Passei rapidamente mas farei questão de voltar com todas as atenções do mundo.
Um abraço!
tem poemas que fazem "rezar".
esse, por exemplo.
o bjo, ídola-linda!
(L)
Tatá.
Gostei do Gran Finalle :
"Desacorrentados daquilo que é fase, nada mais nos separa além de um inexpressivo quase"___________
Você é ótima!!!
Beijo
Neusa
É meio que uma pegadinha, depois de tantos obstáculos superados... rsss...
Moni!
Tem um meme lá no meu blog pra vc!
Bejo!
Saudades daqui.
que finalização boa!
é isso mesmo...
bjbjbj
aprovada a receita de inverter perspectivas.
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