O loiro diz que é bom de
samba
Tem papo de bamba
É de duvidar
Faz carinho em pele de tamborim
Faz carinho em pele de tamborim
Recorre a Chico, Adoniran,
Jobim
Achando que apenas assim
Já lhe faria acreditar.
Mas a morena toda
desconfiada
Quer bem além da batucada
pra se convencer
Quer ver o loiro até de
madrugada,
De camisa listrada,
Sandália castigada,
De tanto remexer.
E o loiro insiste que é
bom no gingado
Que já está respaldado
No ziriguidum
Mas como crer no seu samba
falado
Se não tá registrado
Em retrato nenhum?
E a morena ainda tão
insistente
É criatura descrente
Quer ver o bamba sambar
Diz que ele tem que dançar
aqui perto
E logo o loiro esperto
Vem se desculpar
Diz que seu samba é na
outra ponta do mapa
E pensa que escapa
Que vai lhe enganar.
Ela lhe diz com todo seu
carinho:
- Vamos pro meio do
caminho
É hora de provar
Vamos dançar o samba
verdadeiro
Ajuste os pés com o
pandeiro
E eu vou acreditar
Vamos sambar no Rio de
Janeiro
Me prove que é verdadeiro
O teu papo de sambar.
Imagem daqui.
8 comentários:
Acho tua poesia uma coisa de doido!
Isso ficou demais! É samba, é música! É carioca! =)
Isso dava música, hein!
Moni
bamba das letras, faz poesia virar samba com sotaque do meu Rio de Janeiro. Muito bom!!! Pandeirando aplausos daqui.
Fantástica poesia. Irreverente, interessante, clássica e contemporânea. Paradoxal e bela.
Parabéns, sempre nos surpreendendo positivamente, positiva mente.
Foi possível ouvir (sentir) o batuque [sorrio]. Muito bom! Moni, a propósito, por acaso, quer ver onde a coisa está russa?>>> O http://jefhcardoso.blogspot.com anseia por um comentário de sua parte. Abraço!
Saudade desse cantinho, mas o bom filho a casa torna..rs
Delicado seu texto!
Aproveito pra avisar que acabo atualizar a acanhada Narroterapia com o segundo capitulo do conto Sempre Haverá Pássaros, e quero muito seus comentários.
abraços
Fabrício
Sambando e rodando...
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