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sábado, 27 de junho de 2009


Sob a égide do elemento –
Ar, minha leveza, o movimento
A adaptação a quase tudo:
Aceites, acordos e concessões.
A calma, a espera,
As conciliações.

Mas há vontade, ascendente,
Que ora toma o poder e impera.
Do seu trono diz não a tudo que é morno
E ordena a ebulição.

Não.
Ao que é pequeno
Ao pouco
Ao parco
Ao escasso
Ao que se reduz e limita
Me obriga a gotejar
Aquilo que em mim é mar.

Que chamem de instinto ou impulso!
Mas eu o sinto em essência:
Tenho por natureza
Coisa exagerada e maior
Que desparafusa ponteiros
Estilhaça calendários
Acha o muito bem pouco.
E o pouco-bom
Que abre sorrisos demais
Também abre a fome de mais.
Não me nutre
Não me acalma
Não me sacia.

O desejo é raso
Do que me é raro.
Eu quero o excesso.

Imagem capturada do blog www.vouandandoporai.worpress.com

6 comentários:

D. disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Renata de Aragão Lopes disse...

ADOREI
em maiúsculas

Beijo, Moni!

Mara faturi disse...

Dinda linda,
às vezes gosto dos excessos...quando inundam de alegria, prazer ou poesia, no mais....o quase nada;)
bjos*) *) *)

Cadinho RoCo disse...

Em cada um de nós habita um querer.
Cadinho RoCo

Marcelo Novaes disse...

Moni,




Isso é uma queda-livre-para-o-alto!



;)




Beijos,







Marcelo.

Anônimo disse...

Linda música!!! Real e querente!rsrs

bjo

OBS: Não se preocupe, eu não ousaria...

Nem.