Páginas

domingo, 5 de julho de 2009

E há um medo de escrever o verso certo
A palavra mais exata
Um quase-cálculo.
Aquela, feito lei
Até então driblada.
Chave das portas
A resposta das perguntas
Deliberadamente silenciada.
Dedo infalível a apontar o norte.

Daí em diante não será mais verso
Muito menos poema.
Será inevitável:
Receita, conduta,
Será a estrada.

Saltará do papel e ganhará voz.
Único refrão, sem melodia
Claro, curto e definitivo.


Mas que restará o sonho

De texto leve e intocável
De tempo intangível
E que jamais caberá
Na imensidão do esquecimento.



Imagem capturada em www.spaces.live.com

3 comentários:

Marcelo Novaes disse...

Moni,



No caso, não há o risco de "bula", porque a palavra certa "entorta" um pouco à direita, um pouco à esquerda...


Seu texto não segue manual.







Beijos,








Marcelo.

Renata de Aragão Lopes disse...

Um medo que é busca
de um verso
que não será nosso:
"saltará do papel e ganhará voz".

Gostei muito, Moni!
Um beijo.

Elcio disse...

fazia tempo q n passava por aqui, quero estar + presente de agora em diante, afinal é sempre bom beber em boa fonte.

é isso aí.
[ ]´s

em tempo, agora estou de casa nova ok?