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domingo, 4 de novembro de 2007

Quanto tempo?

Desejo do dia: o fim de todos os relógios e calendários!

Quem disse que eu devo satisfação a essa métrica imposta por um tal tic-tac repetitivo, enfadonho, cansativo e redundante?
Por que eu tenho que encaixar minhas reticências nos quadrinhos limitados de um calendário?
Quem lhes conferiu tal poder?
Determinam onde tudo começa e onde tudo deve parar... Mas não têm fim...
Como pode o tempo esgotar se meu desejo ainda não acabou?
Por que ainda resta tempo, quando a disposição já se foi???
E o despertador, filhote estridente, cheio de vontades, abusado ao ponto de interromper o sonho que eu esperava há séculos...
Por que eu tenho que esperar séculos?
Por que aguardar o segundo dia útil, quando o dinheiro acaba em pleno sábado, dia infinitamente mais útil?
Mais cinco minutos no microondas para matar uma fome que chegou há horas...
Com tantas vontades tortas, o caminho dos meus ponteiros jamais poderia ser circular: preciso de altos e baixos, idas e voltas, paradas rápidas, adormecimentos...
E a eternidade, mãe de todas as datas, ponteiros, calendários e ampulhetas? Essa me mete muito medo, porque essa sim, resolveu se impor. O tempo é dela. Acontece quando quer. E muitas coisas minhas parecem estar guardadas lá...
E eu tenho que esperar?
O bendito relógio não pode marcar data pra ela chegar? Uma satisfação, ao menos um prazo pra eu poder me programar?
Fico assim, escrava sem cor e esperneio, reclamo, insisto e até escrevo.
Mas é inútil: Data e horário marcado, o tempo bate à porta. E eu confesso: qualquer dia desses me recuso a abrir!

2 comentários:

Anônimo disse...

O tempo corre a 24 horas por dia. Por muito que o tentemos demover ele é insensível às nossas tentativas, é essa a sua determinada Natureza.
O tempo possui matizes muito mais cruéis do que a sua permanente presença... possui sim.

Anônimo disse...

então o novo lugar e as boas letras!
eu tb prefiro as luzes apagadas...rsss

bjs
cris