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quinta-feira, 12 de março de 2009



Incrédula diante do meu livro-bíblia
Da mais confiável orientação.
Erro crasso,
Equívoco sem perdão
Ensinaram errado,
Vida em vão,
Reproduzida em nome da ilusão.

Verbo amar: intransitivo
Assim disseram
Assim garantiram
Amar, simplesmente
Amor, feito chama
Quem ama, ama.

Esse amor
Se é verbo ou caminho
É cheio de semáforos
Freadas bruscas,
Desvios e interdições.

Quem ama cuida
Quem ama perdoa
Espera,
Entende,
Renuncia,
Esquece.

Amor virou pretérito
Imperfeito
Irregular demais
Para o meu desejo tão imperativo.

E a gramática, meu livro bom
Bem diante de mim
Espera um destino:
Fogo, tesoura ou gaveta,
Como um terno relicário
De dispensáveis reformas,
Das melhores recordações.


Imagem googleada

5 comentários:

Bebel disse...

Lindíssimo poema, Nai.
Emocionante, tocante, verdadeiro.
Estou totalmente de acordo com o que foi escrito.

Quando se ama a gente quer comer a presença da pessoa, que absorver o outro por inteiro, quer se entregar e espera a entrega recíproca, se joga esperando ser pega.
O amor não suporta palavras ao vento, o amor precisa de ações.

Um beijo enorme, Lindume

Anônimo disse...

Certo.
Preciso entender esse negócio direito.
Vamos jantar?

Beijo e carinho.

Nando

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Moni Saraiva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Moni Saraiva disse...

Ah! Nando!
Jantar ou entender?
Suponho que haja incompatibilidade...
kkk

Cheirinho...