Terei, só eu percebido
Que o ontem é lugar esquecido?
E num instante, refaço: ontem, mesmo, é aqui do meu lado
Mas seu nome,
Esse sim, bem mais longe, é passado
E até te cedo a tardia escolha:
Enterrado ou cremado
Ou mais simples, bem mais eficaz:
Calado.
Resta pouco, pois, a dizer
Quanto vale o teu esquecer?
Pagaria caro, sem sentir prejuízo
Pra não ter o meu nome no desafino preciso
Da acidez da tua boca de fel
Que morde e estraçalha a verdade
Deixa o gosto da maldade
E encobre o mundo com o véu
Entre as letras lambidas que nomeiam tua vaidade.
Se já não te enxergas no espelho
Te afogas no raso, de razão, nem um triz,
Meu último ato cristão – um conselho
Escolhas, por fim, ser feliz.
Pois se te fazes tempestade,
Dia e noite a insistir
Desculpe, a minha felicidade,
Sequer lembra do teu existir.
23 comentários:
Salta, Moni, salta! E os teus saltos, brilhantemente altos, me levam sempre junto!
Lindo e grande. Cabe exato no seu tamanho.
Um beijo. Não, dois.
Carol.
Desnuda a alma.
Encosta no céu.
Gostei muito.
pá!
toma essa!
hahaha.
tu é foda. não canso de dizer. tu é foda!
Essa memória! que às vezes dilacera, às vezes delicia...
Abraços!
Belíssimo salto poético, como de costume. Beijos.
lembrou-me: “e o que passou, calou... e o que virá, dirá...” =)
Moni, que lindo!
ando meio assim ultimamente [não sei se correto o olhar, mas], como sugeri no blog: mergulhando – saltando... e me soltando de muito e muitos...
tão bom!
beijo grande
Brigada vc linda.
Adorei o poema.
Hoje não aguentei a desabafei no blog sobre toda essa pseudo-politica que vivemos.Deixe sua impressão la sobre isso tbm.
beijos
Bravo!!! Lindo desfecho...
Adorei a firmeza do poema.
inté
Perdi as contas de quantas vezes apaguei o texto de meu comentário.
Não entenda mal: se a inspiração me falta para um comentário à altura de versos tão bem costurados é porque nem sempre a admiração traduz-se em palavras.
Um suspiro - pela profundidade
Um olhar atento - pela admiração
E o abraço - pelo carinho de sempre
Intenso. Ricamente intenso.
Beijo.
Du
Mona... Ou melhor, querida Moni;
Lendo este teu poema lembrei-me automaticamente do conto O Espelho, do Machado. Tua escrita é mais terna e menos ferina que a daquele bruxo; é verdade. Mas também é igualmente concisa, genialmente irônica e brilhantemente reflexiva. Fascinante!
Um beijo,
Ricardo.
" Nem toda poesia é autobiografia"
Por isso somos fingidores, ja dizia o poeta. Quero espalhar pistas falsas. Gostei.
Eita...um passa fora desses instiga o vivente a permanecer...
Moni
Na plataforma do talento teu salto é o mais alto.Teus versos tocam o céu e azulam brilhantes o reflexo no espelho da alma de quem leu...
Aplausos e beijos!
Ricardo
Ô meu bem... Que delícia esse poema! Adorei! Ritmo... Tem uma cadência gostosa, sabe quando tu lê e ama? Pois, amei!
Quero essa poesia na revista 8 da editora! (Sou abusada!)
Beijos lindona, sou tua fã!!
mulher dos saltos precisos (e preciosos), amo-te!
adorei o poema!
um beijo,
Tatá.
Moni, minhas palavras são tão pequenas diante do teu talento!
Lindo!
olha o sorriso da monalisa, ela está feliz?
beijo!
Maravilha tudo por aqui, adorei. Indicarei nas minhas páginas. Aguarde.
Beijabrações
www.luizalbertomachado.com.br
Moni,
adorei POR COMPLETO:
o tema,
os versos,
os asteriscos...
Voltarei para reler.
Beijo,
Doce de Lira
Ganhei na Mega só de encontrar o seu espaço. Adorei a fluidez do seu texto. Gostei de verdade. Vou voltar. Conquistaste um seguidor. ^^
Eu também tenho um blog, quando puder passa la e me segue também se gostar do que encontrar:
http://codignolle.blogspot.com
Meu Twitter (Se você tiver):
http://twitter.com/guicodignolle
o/
Moni,
Suas palavras são fortes e abraçam a essência de uma forma absurda.
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
-
''Desculpe, a minha felicidade''.
Ela depende mais de mim mesmo do que de você.
Gostei muito!
Beijo Moni
Monica,
Este poema ficou super!
Com suas "letras" lambidas" apontas o que não quer aparecer no poema, que na verdade a personagem da prosa poética está sim, muito aí pra (in)felicidade do outro. Com sutileza, destila o veneno derradeiro no último parágrafo.
E gostei muito de:
"Enterrado ou cremado
Ou mais simples, bem mais eficaz:
Calado."
Parabéns
beijo
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